A tarifa de energia elétrica residencial acumulou aumento de 3,8% no Brasil no primeiro trimestre de 2023, mostra levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado integra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11/04).
O número supera a inflação do período, que foi de 2,09%. No mês de março, a conta de luz registrou aumento de 2,23% no País e foi o item de maior impacto ao incremento de 0,57% no grupo habitação, que ainda integra indicadores como aluguel e combustíveis domésticos e reparos.
No trimestre, as capitais que acumularam os maiores aumentos nas tarifas de energia foram Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES), com avanços de 12,11%, 11,59%, 10,71%, 9,73% e 9,24%, respectivamente.
O IBGE aponta que esses aumentos se explicam em razão de tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) terem sido reincluídas no cálculo do ICMS. No Rio de Janeiro (2,57%), foram aplicados reajustes de 7,49% e 6% pelas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.
Até o momento, a maioria das principais concessionárias de distribuição ainda não aplicaram os reajustes anuais de tarifas, o que traz perspectiva de novos aumentos ao longo do ano. Em 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que a tarifa de energia elétrica do País deve subir 5,6% em média, após um 2022 atípico, quando a trajetória de inflação ficou estagnada.