A tarifa de energia elétrica residencial registrou um aumento de 5,28% nos primeiros cinco meses de 2023 no Brasil, de acordo com um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), anunciado na última quarta-feira (07/06).
Esse índice supera a taxa de inflação acumulada no período, que foi de 2,95%. No mês de maio, houve um aumento de 0,91% na tarifa, representando um acréscimo de 0,04 ponto percentual em relação à taxa de abril. Essa alta vai na contramão da redução de 0,38 ponto percentual no IPCA mensal, que atingiu 0,23%.
De acordo com o IBGE, o aumento na conta de luz foi impulsionado pelos reajustes aplicados entre abril e maio nas cidades de Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Aracaju (SE). A capital baiana apresentou o maior aumento nas tarifas de energia no ano, com uma alta de 19,63%.
Ao longo do ano, serão realizados novos reajustes tarifários anuais em outras regiões do Brasil. No final do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) previu um aumento médio de 5,6% na tarifa de energia elétrica, após um ano atípico em 2022, quando a trajetória da inflação permaneceu estagnada.
É importante ressaltar que esse movimento inflacionário ocorre mesmo em um cenário de condições favoráveis para a geração de energia elétrica, com os reservatórios de hidrelétricas registrando índices positivos. Desde abril de 2022, a Aneel mantém a bandeira tarifária verde, que não implica em nenhum valor adicional nas contas de energia elétrica dos consumidores.