O Brasil deu um passo importante para integrar ainda mais as fontes de energia renovável ao seu sistema elétrico. Três novas linhas de transmissão e uma subestação entraram em operação, aumentando significativamente a capacidade de escoar a energia gerada por usinas eólicas e solares, principalmente no Nordeste.
Com essa expansão, a capacidade de intercâmbio de energia entre o Nordeste e as regiões Sudeste e Centro-Oeste cresceu cerca de 12%, enquanto a exportação de energia do Nordeste para o Norte aumentou quase 30%. Essa medida visa reduzir as restrições de geração dessas fontes limpas e competitivas.
Desafios e soluções:
Embora a entrada em operação dessas novas linhas de transmissão seja uma notícia positiva, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) alerta que ainda há desafios a serem superados. A entidade destaca que os cortes de energia em usinas renováveis, que ocorreram em grande escala após o blecaute de agosto de 2023, causaram um prejuízo de mais de R$ 1,7 bilhão ao setor.
A Absolar defende que esses cortes foram injustos e que os geradores devem ser ressarcidos pelos prejuízos. A associação também cobra uma revisão da regulamentação do setor elétrico, que, segundo ela, não garante a compensação adequada aos geradores por interrupções no fornecimento de energia.
O futuro da energia renovável no Brasil:
A expansão da capacidade de transmissão é fundamental para garantir o crescimento da geração de energia renovável no Brasil e atender à crescente demanda por eletricidade. No entanto, é preciso investir em soluções para armazenamento de energia e em tecnologias mais modernas para garantir a estabilidade do sistema elétrico.
A Absolar destaca que a ampliação da infraestrutura de transmissão é essencial para atrair novos investimentos, impulsionar a economia e garantir o abastecimento de energia para os consumidores e os setores produtivos.