Mais de 31 mil consumidores de energia elétrica devem migrar para o mercado livre até 2025, conforme atualização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até 31 de julho. A expansão do mercado livre foi impulsionada pela Portaria 50/2022, que permitiu que todos os consumidores de média e alta tensão escolham seus fornecedores.
De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 31.430 empresas manifestaram interesse em migrar para o mercado livre ao longo de 2024 e 2025. Deste total, 29.909 unidades consumidoras, representando 95%, são empresas de menor porte com demanda inferior a 500 kW. Em média, mais de 2.500 consumidores devem fazer a migração mensalmente.
A Abraceel destaca que essa mudança reflete um desejo dos consumidores de ter maior controle sobre suas escolhas de fornecedor e condições de fornecimento, incluindo negociações de preços, acesso a fontes renováveis e melhores condições contratuais. O presidente-executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, afirmou que os consumidores buscam não apenas preços mais baixos, mas também participar ativamente da transição energética e ter acesso a novos serviços e produtos.
A Portaria 50/2022, que entrou em vigor em janeiro de 2024, permitiu a todos os consumidores do Grupo A, que inclui os de média e alta tensão, a escolha do fornecedor de energia, independentemente do consumo. Anteriormente, apenas consumidores com demanda superior a 500 kW podiam migrar para o mercado livre, o que correspondia a contas de luz médias de R$ 140 mil. Agora, consumidores com contas acima de R$ 10 mil também têm essa opção.
O Grupo A abrange cerca de 202 mil unidades consumidoras, majoritariamente empresas, que recebem energia em média e alta tensão. Até o momento, mais de 51 mil dessas unidades já fizeram a transição para o mercado livre de energia.
Fonte: PortalSolar