Uma operação inédita do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) revelou que nem todas as placas solares comercializadas no Brasil cumprem o que prometem. Em fiscalizações realizadas nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, o órgão encontrou modelos com potência bem abaixo da informada pelos fabricantes.
Um dos casos mais graves envolveu o modelo TSun 560W, encontrado em Mato Grosso, que apresentou um desempenho muito inferior ao declarado. Outras duas marcas também estão sob investigação.
Prejuízo ao consumidor e risco de incêndio
A venda de produtos com especificações falsas prejudica diretamente os consumidores, que investem em sistemas de energia solar com a expectativa de gerar economia e sustentabilidade, mas acabam recebendo equipamentos com desempenho inferior.
Além disso, a falta de qualidade pode aumentar o risco de acidentes, como incêndios, colocando em perigo a vida de pessoas e propriedades.
Inmetro intensifica fiscalização e alerta consumidores
Diante dos resultados da operação, o Inmetro reforçou a importância de adquirir placas solares de fabricantes e instaladores confiáveis, que comercializem produtos com certificação do órgão.
O presidente do Inmetro, Márcio André Brito, alertou que a fiscalização será intensificada e que os consumidores devem denunciar qualquer irregularidade encontrada.
Novas regras para garantir a segurança
Para garantir a qualidade e segurança dos sistemas fotovoltaicos, o Inmetro publicou novas regras que estabelecem requisitos mínimos para a fabricação, comercialização e instalação de placas solares. As normas incluem a obrigatoriedade da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) e a instalação de dispositivos de segurança para evitar incêndios.