A adoção do horário de verão no Brasil pode gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões e reduzir em até 2,9% a demanda máxima de energia elétrica, segundo estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A medida, que ainda depende de aprovação do governo federal, visa otimizar a operação do sistema elétrico, principalmente nos horários de pico.
De acordo com o ONS, a principal vantagem do horário de verão é a redução da demanda de energia entre 18h e 20h, período em que a produção de energia solar diminui e a demanda residencial aumenta. Ao adiantar os relógios, o pico de consumo é postergado, permitindo um melhor aproveitamento da energia gerada durante o dia.
Menos pressão sobre o sistema elétrico
A medida também pode contribuir para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, especialmente em períodos de seca, como o atual. Com a redução da demanda, é possível diminuir a necessidade de acionar usinas térmicas, que são mais caras e poluentes.
Decisão do governo
A decisão de implementar o horário de verão ainda está sendo analisada pelo governo federal. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a medida pode ser uma alternativa para garantir a segurança energética do país, sem comprometer as contas dos consumidores.
Cenário hídrico
A avaliação sobre a implementação do horário de verão ocorre em um contexto de escassez de chuvas em algumas regiões do país, o que tem impactado os níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Embora a situação seja preocupante, o ONS estima que os níveis de energia armazenada devem se manter acima de 50% em todos os subsistemas até o final de setembro.
Benefícios para o consumidor
A economia gerada com o horário de verão pode ser repassada aos consumidores em forma de tarifas mais baixas ou investimentos em melhorias no sistema elétrico. Além disso, a medida pode contribuir para a redução das emissões de gases do efeito estufa, ao diminuir a necessidade de geração de energia a partir de fontes fósseis.