Após uma visita ao Rio Grande do Sul, impactado por intensas chuvas e enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou a criação de uma sala de monitoramento para coordenar as ações federais de socorro à população do estado. O grupo, composto por ministros de diversas áreas que acompanharam o presidente na visita, se reuniu no Palácio do Planalto para discutir medidas emergenciais.
Segundo dados atualizados das autoridades estaduais, a situação no Rio Grande do Sul é grave, com 29 mortes e 60 pessoas desaparecidas. Mais de 10,2 mil pessoas estão desalojadas, buscando abrigo em locais públicos de acolhimento.
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, destacou a gravidade da situação, comparando-a às chuvas ocorridas no mesmo período no ano anterior, porém, com maior abrangência territorial e persistência das precipitações, o que deixa o solo saturado e suscetível a deslizamentos.
Os estragos se estendem por mais de 150 municípios, com 141 pontos de bloqueio em estradas federais e estaduais. O aumento das inundações é esperado nas próximas horas, agravando ainda mais a situação em áreas já afetadas.
O estado já enfrentou grandes enchentes no passado, mas as atuais são consideradas as piores da história, com o Rio Taquari transbordando e ocasionando um desastre climático sem precedentes, superando até mesmo a catástrofe ocorrida no ano anterior.
A sala de situação, sob coordenação da Casa Civil, atuará de forma emergencial e contínua enquanto perdurar a situação crítica no Sul do país. O governo federal mobilizou recursos humanos e materiais, incluindo integrantes das Forças Armadas, aeronaves e embarcações para operações de resgate e assistência à população afetada.
O reconhecimento do estado de calamidade pública em todo o Rio Grande do Sul facilita a liberação de recursos federais para apoiar as ações de resgate, salvamento e reconstrução, demonstrando o compromisso do governo em lidar com a emergência e prestar assistência às comunidades atingidas.