O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o governo federal não adotará o horário de verão em 2024. A decisão, tomada após análise técnica e consulta com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), leva em consideração a atual situação hídrica do país e a avaliação de que a medida não traria os benefícios esperados neste momento.
Segundo Silveira, o Brasil viveu o pior período de seca de sua história, mas a situação hídrica já apresenta sinais de melhora. A segurança energética está garantida e o governo considera que não há necessidade de adotar o horário de verão neste momento.
“A decisão não é definitiva”, ressaltou o ministro. “A medida pode ser reavaliada para o verão de 2025, dependendo das condições hídricas e da análise de custo-benefício.”
O ministro destacou que o horário de verão não deve ser visto como uma medida política, mas sim técnica, com impactos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia. Ele citou o exemplo da França, que utiliza o horário de verão principalmente por razões econômicas, e ressaltou que o pico de benefício da medida no Brasil ocorre nos meses de outubro e novembro.
A decisão do governo divide a opinião pública. Pesquisa Datafolha aponta que 47% dos brasileiros são a favor do horário de verão, enquanto 47% são contra. Levantamento da Abrasel e Reclame Aqui indica que 54,9% da população é favorável à medida.