A geração de energia solar no Brasil apresentou um crescimento expressivo em agosto, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O setor registrou um aumento de 32,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, consolidando sua posição como uma das principais fontes de energia do país.
Além da solar, a geração eólica e térmica também apresentaram crescimento, impulsionando a produção total de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Por outro lado, a geração hidrelétrica, dependente das condições climáticas, registrou uma leve queda.
O consumo de energia elétrica no país também acompanhou a tendência de crescimento, com destaque para os setores de mineração, saneamento e indústria. No entanto, alguns estados, como Acre, Mato Grosso e Piauí, registraram queda no consumo, possivelmente devido a temperaturas mais amenas em comparação ao ano anterior.
Reservatórios em alerta e demanda em alta
Apesar do bom desempenho da geração de energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertou para a redução dos níveis dos reservatórios em algumas regiões do país, principalmente no Sudeste/Centro-Oeste. A situação exige monitoramento constante e a possibilidade de adoção de medidas excepcionais.
A demanda por energia elétrica também deve continuar crescendo nos próximos meses, impulsionada pelo aquecimento da economia e pelo aumento da atividade industrial. O ONS projeta um crescimento de 3,2% na demanda total do SIN até o final de setembro.
Mercado livre em expansão
O mercado livre de energia, que permite aos consumidores escolherem seus fornecedores de energia, continua em expansão no Brasil. Em agosto, mais de 2 mil novas unidades consumidoras aderiram a esse modelo, demonstrando a crescente busca por opções mais competitivas e sustentáveis.
Conclusão
Os dados da CCEE e do ONS demonstram a importância crescente da energia solar na matriz energética brasileira e a necessidade de um planejamento eficiente para garantir o abastecimento do país. A expansão do mercado livre e o crescimento da demanda por energia renovável são tendências que devem se consolidar nos próximos anos.