Após dois meses com a tarifa de energia no nível mais alto, os consumidores brasileiros terão um respiro em novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a mudança para a bandeira amarela, graças à melhora nas condições de geração de energia no país, impulsionada pelo aumento das chuvas.
Com a bandeira amarela, a tarifa de energia terá um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, bem abaixo dos R$ 7,877 cobrados na bandeira vermelha patamar 2, vigente em outubro. Essa redução nos custos de geração de energia reflete-se diretamente na conta de luz dos consumidores.
Impacto na inflação:
A variação na tarifa de energia elétrica já demonstra seus efeitos na inflação. A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro, divulgada pelo IBGE, mostrou um aumento de 5,29% na energia elétrica residencial, sendo o item com maior impacto no índice geral.
Previsões para os próximos meses:
Apesar da melhora no curto prazo, as previsões climáticas para os próximos meses ainda indicam um cenário de incerteza, com níveis de chuva abaixo da média. Essa situação pode exigir o acionamento de usinas termelétricas, mais caras, e levar a novos ajustes nas bandeiras tarifárias.
Entendendo as bandeiras tarifárias:
Criado em 2013 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias visa dar mais transparência aos custos da geração de energia e incentivar o consumo consciente. As cores das bandeiras – verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2 – indicam o custo adicional por kWh consumido, variando de acordo com as condições dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
O que esperar para o futuro:
A bandeira amarela em novembro traz um alívio para os consumidores, mas a situação ainda é acompanhada de perto pela Aneel e pelos especialistas do setor. A persistência de um cenário de seca pode levar a novos ajustes nas bandeiras tarifárias, impactando diretamente no bolso dos brasileiros.