Em março, a geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) deu um salto impressionante, crescendo 56,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 3.174 megawatts médios (MWmed), de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse aumento significativo evidencia a crescente importância da energia solar na matriz energética brasileira.
Além da energia solar, a geração de usinas hídricas e térmicas também apresentou incrementos, com avanços de 0,9% e 9,7%, respectivamente, durante o período analisado. No entanto, as usinas eólicas tiveram um recuo de 14,7% na mesma base de comparação. No geral, a geração de energia no SIN atingiu 77.221 MWmed, registrando um crescimento de 1,4% em relação a março do ano anterior.
O consumo de energia elétrica no SIN também apresentou um aumento significativo de 4,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, indicando uma maior demanda por eletricidade no país. Quando analisados os ambientes de contratação de energia, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) teve um aumento de 6,1%, enquanto o Ambiente de Contratação Livre (ACL) registrou uma alta de 1,1%.
A análise regional revela que algumas regiões enfrentaram impactos como temperaturas mais elevadas e menor quantidade de chuvas em relação ao mesmo período de 2023, refletindo diretamente nos números de consumo e geração de energia. Estados como Acre, Amazonas, Tocantins e Mato Grosso apresentaram as maiores altas, enquanto o Rio Grande do Sul foi o único estado a registrar uma queda, atribuída a um maior volume de chuvas no período.
No que diz respeito aos diferentes ramos de atividade, alguns setores se destacaram com crescimentos significativos, como serviços, madeira, papel e celulose, saneamento e bebidas. Por outro lado, segmentos como veículos, têxteis e extração de minerais metálicos registraram quedas em seus consumos de energia durante o período analisado. Esses dados refletem as dinâmicas econômicas e climáticas que influenciam diretamente o consumo e a geração de energia no país.