No primeiro trimestre de 2024, a energia solar assumiu um papel crucial na expansão da matriz elétrica brasileira, conforme indicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dos 2,6 GW de capacidade adicionada nesse período, 1,3 GW são atribuídos a 36 novas usinas fotovoltaicas de geração centralizada que entraram em operação no país, representando metade do total adicionado.
Somente em março, 13 centrais solares fotovoltaicas contribuíram com 544,22 MW para a capacidade de geração elétrica do Brasil. Além da energia solar, outras fontes também tiveram acréscimos: energia eólica (1,2 GW), biomassa (57 MW) e hídrica (21 MW), totalizando 105 novas usinas ao final do primeiro trimestre.
Os resultados desse período estão alinhados com a previsão de crescimento da geração de energia elétrica para 2024, estimada em 10,1 GW pela Aneel. Este seria o segundo maior avanço anual já registrado pela agência, ficando atrás apenas do crescimento de 10,3 GW em 2023.
No segmento de geração distribuída, que engloba sistemas de geração própria em pequena escala, foram adicionados 1,9 GW no país no primeiro trimestre. Combinando essa modalidade com a geração centralizada, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica teve um aumento de 3,2 GW durante o período analisado.
A energia solar fotovoltaica se destaca como a segunda maior fonte de eletricidade do Brasil, respondendo por mais de 41 GW, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). Desse total, 13 GW correspondem a grandes usinas, enquanto 28 GW são provenientes de sistemas de geração própria de pequeno e médio porte.
Esses números refletem um investimento considerável no setor, com mais de R$ 195 bilhões acumulados, gerando mais de 1,2 milhão de empregos. Atualmente, a energia solar representa 17,4% da matriz elétrica brasileira, demonstrando sua crescente importância na diversificação e sustentabilidade do fornecimento de energia no país.