Nesta terça-feira (30), o Brasil alcançou um marco significativo na área de energia renovável, atingindo a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada proveniente da fonte solar fotovoltaica. Essa marca inclui tanto as usinas de grande porte quanto os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, conforme apontado por um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com dados fornecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa conquista representa aproximadamente 13,7% da matriz elétrica do país.
Apenas no mês de maio deste ano, a fonte solar apresentou um crescimento de 2 GW, saindo de 28 GW registrados em abril e alcançando a marca de 30 GW neste mês. Desde julho de 2022, a energia fotovoltaica tem apresentado um crescimento médio de 1 GW por mês, o que evidencia a expansão mais significativa no setor elétrico.
A Absolar destaca que, desde 2012, a fonte solar já atraiu cerca de R$ 150,7 bilhões em novos investimentos para o Brasil, gerando uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 45,8 bilhões e acumulando mais de 911,4 mil empregos.
Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, ressalta que aproveitar uma fonte de energia limpa e acessível contribui para o processo de reindustrialização do país, além de estimular a diversificação do suprimento de eletricidade, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e mitigando o risco de aumentos ainda maiores na conta de luz da população.
É importante destacar que essa marca foi alcançada um dia após a energia solar na modalidade de geração distribuída, também conhecida como geração própria, atingir 21 GW de potência instalada no Brasil. Esse volume representa mais de 1,9 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que abastecem aproximadamente 2,5 milhões de unidades consumidoras.
Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, ressalta que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e o protagonismo internacional do Brasil, ao mesmo tempo em que alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. Ele destaca a enorme oportunidade de utilizar essa tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica por meio do programa Luz para Todos, bem como em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus e parques, entre outros.