A análise da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revela que a energia solar desempenha um papel crucial no alívio do sistema elétrico nacional durante períodos de onda de calor. Isso ocorre principalmente nos horários de maior consumo de eletricidade, por volta das 14h, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A tecnologia solar fotovoltaica não apenas fortalece o suprimento de demanda, mas também diversifica e aumenta a robustez da matriz elétrica brasileira de forma sustentável.
Especificamente, a geração própria de energia solar contribui significativamente para fortalecer a matriz elétrica ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, reduzindo a pressão sobre a infraestrutura de transmissão e diminuindo as perdas em longas distâncias. Além disso, as grandes usinas solares auxiliam na redução da pressão sobre os recursos hídricos e na diminuição da necessidade de acionamento de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes.
A combinação das fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, solares, eólicas e termelétricas movidas a biomassa e biogás, contribui para uma maior segurança de suprimento e resiliência da matriz elétrica nacional. No total, a fonte solar possui 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, representando 17,4% da matriz elétrica brasileira e desempenhando um papel crucial na transição energética e na segurança do sistema elétrico nacional.
Além dos benefícios econômicos, como a economia líquida na conta de luz dos brasileiros estimada em mais de R$ 84,9 bilhões até 2030, a energia solar também contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade do país. Estudos recentes confirmam que é possível aumentar a participação das renováveis a mais de 40% do total, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade do sistema elétrico brasileiro. Essas conclusões contradizem o mito de que as fontes renováveis representam riscos ao sistema elétrico devido à sua variabilidade.