Somando 101 megawatt-pico (MWp), as usinas São Pedro e Paulo que estão em construção na cidade de Flores, no sertão de Pernambuco, são usinas solares a serem implementados pelas empresas Elétron Energy e Kroma, que se associaram no projeto. O investimento chega a R$ 340 milhões, sendo R$ 218 milhões financiado pelo Banco do Nordeste (BNB). As obras nas plantas foram iniciadas em junho passado, com criação de 500 empregos na fase de construção, além de outros 100 empregos diretos. A previsão é que o projeto deve começar a gerar em 2023, sendo 70% da energia vendida para o mercado livre e 30% no mercado regulado. Nos cálculos dos empreendedores, a energia será suficiente para atender todo o sertão do Pajeú, com cerca de 150 mil residências.
A notícia foi divulgada esta semana no jornal Valor Econômico, quando o CEO da Elétron, André Cavalcanti, informou que adquiriu 60% do projeto e acabou de fechar a compra dos painéis solares com uma fabricante chinesa. Os equipamentos devem chegar em janeiro de 2023.
“Passamos bastante tempo negociando com fornecedores e todo este aumento do custo da cadeia, tanto logístico quanto de produtos, já está embutido no total do investimento do projeto (…). De modo geral, os projetos estão ficando na faixa de 10% a 15% mais caros do que a média de custos antes da pandemia”, explica Cavalcanti.
Apesar de atuar em comercialização de energia e prestação de serviços, o segmento de geração é onde os negócios da companhia estão mais concentrados. Com a aquisição, a Eletron acumula 254 MWp em construção, além de outras três Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) de 1,1 MW na Bahia que foram compradas inoperantes e atualmente estão conectadas para atender o mercado livre.
A geradora tem ainda outros 11,5 MWp conectados para a geração distribuída, além de 1,1 GWp de projetos no pipeline espalhados predominantemente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, visando à autoprodução para o mercado livre.
“Com todos os projetos de geração que estão andando, temos investido cerca de R$ 800 milhões e devemos chegar a R$ bilhão até o final do ano que vem com foco em energia solar”, calcula Cavalcanti. O executivo contou ainda que estava de olho em CGHs, e que tem uma parceria com um desenvolvedor. “É um projeto de 160 MW eólico do qual temos 25%. O projeto está em fase final de licenciamento e já encomendamos as turbinas com a WEG ”, conta.