As energias renováveis devem dominar a maior parte do crescimento da oferta mundial de eletricidade, segundo novo relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quarta-feira (08/02). A elevação deve atingir 3% até 2025.
No ano de 2022, houve uma ligeira desaceleração em 2% devido à crise global de energia e condições climáticas. No entanto, a expectativa é de que o cenário melhore para os próximos três anos,- impulsionados pelas economias emergentes e do desenvolvimento na Ásia. Em relação aos anos anteriores à pandemia, a expectativa é de um avanço médio de 2,4%.
Apesar do cenário chinês ainda estar incerto em razões das rígidas restrições causadas pela Covid-19, o consumo global de eletricidade na China prevê atingir um novo recorde de um terço até 2025, ante um quarto em 2015. Com isso, espera-se que mais de 70% do aumento da demanda mundial venha da China, Índia, e Sudeste Asiático.
Além disso, o estudo apontou que a demanda e o fornecimento de eletricidade mundialmente estão se tornando cada vez mais dependentes do clima, com condições extremas, tendo sido um tema recorrente em 2022.
Além da seca na Europa, houve ondas de calor na Índia, resultando no maior pico de demanda de energia do país. Da mesma forma, as regiões central e oriental da China também foram atingidas por ondas de calor e secas, o que fez com que a demanda por ar-condicionado aumentasse em meio à redução da geração hidrelétrica na província de Sichuan. Os Estados Unidos, por sua vez, viram fortes tempestades de inverno em dezembro, o que provocou grandes interrupções de energia.
Diante disso, o documento apontou uma necessidade de descarbonização mais rápida e implantação acelerada de tecnologias de energia limpa. Ao mesmo tempo, à medida que a transição para energia limpa ganha ritmo, o impacto dos eventos climáticos na demanda de eletricidade se intensificará devido ao aumento da eletrificação do aquecimento.