A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) anunciou nesta segunda-feira (12) que o Brasil sediará o China-Brazil Solar PV Industry Exchange Fórum no próximo ano. O evento tem como objetivo promover a troca de conhecimentos e fortalecer os laços comerciais entre os setores fotovoltaicos do Brasil e da China.
Em maio, a Absolar assinou um memorando de entendimento com o Center for International Economic and Technological Cooperation (CIETC), entidade governamental chinesa responsável pela colaboração econômica e tecnológica, e a China Photovoltaic Industry Association (CPIA), associação nacional do setor solar fotovoltaico chinês, com o objetivo de estabelecer parcerias entre os dois países e realizar o evento.
As entidades se reuniram durante o Snec 2023, a maior feira de energia solar do mundo, realizada em Xangai, onde assinaram o memorando de entendimento para impulsionar o desenvolvimento dos mercados de energia solar nos dois países. Espera-se que essa iniciativa resulte na atração de novos investimentos, geração de empregos, aumento da renda e criação de oportunidades de negócios no setor solar em ambos os países, informou a Absolar.
A Absolar acredita que esse acordo pode se tornar um importante impulsionador para acelerar a transição energética e a reindustrialização do Brasil por meio das tecnologias fotovoltaicas. Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, comenta: “Com a energia solar, podemos tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa, renovável e acessível a todas as camadas da população em pouco tempo. Portanto, acelerar essa transição energética a partir de fontes limpas e renováveis é uma das medidas mais eficazes para promover a reindustrialização do país”.
O Brasil recentemente ultrapassou a marca de 30 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, incluindo usinas de grande porte e sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenas áreas. Esse número equivale a 13,7% da matriz elétrica nacional.
Desde 2012, a energia solar fotovoltaica atraiu cerca de R$ 150,7 bilhões em novos investimentos para o Brasil, gerando mais de R$ 45,8 bilhões em arrecadação fiscal e mais de 911,4 mil empregos acumulados. Além disso, contribuiu para evitar a emissão de 38,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.