O Brasil é o segundo mercado mais atraente para hidrogênio verde e de baixo carbono na América Latina e Caribe, superado apenas pelo Chile, segundo um ranking da consultoria europeia Hinicio, especializada em energia sustentável e mobilidade. O país ganhou uma posição em 2024, ultrapassando a Colômbia.
Esse avanço se deve ao crescente interesse internacional e à assinatura de vários memorandos de entendimento para a construção de projetos. Os portos brasileiros, com capacidade de exportação e planos de desenvolvimento de hubs de hidrogênio, também contribuíram para essa posição.
A Hinicio projeta que, mantendo o ritmo atual, o Brasil poderá se tornar o mercado mais atrativo do continente em 2025. O índice da consultoria avalia a evolução de 17 países da região, considerando cinco fatores: políticas públicas, incentivos e regulações, nível de desenvolvimento do ecossistema, número de projetos em operação ou desenvolvimento, áreas de aplicação e potencial de penetração do hidrogênio em nível nacional, e planos de cooperação internacional e de exportação.
Os primeiros três colocados, junto com a Argentina, apresentam um alto nível em comparação aos demais países, que mostram pouco ou nenhum progresso. O ecossistema de hidrogênio na região está em expansão, com mais projetos pilotos e comerciais tornando-se operacionais.
Os principais desafios regionais incluem a criação de demanda local, regulação e incentivos, e financiamento de projetos. Superar esses obstáculos pode acelerar ainda mais o desenvolvimento do setor.
O hidrogênio pode ser utilizado como um combustível livre de emissões de CO2, permitindo a descarbonização de setores como indústria e transporte. Contudo, a produção de hidrogênio exige uma grande quantidade de energia elétrica.
Com a redução dos custos da geração renovável, como solar fotovoltaica, eólica e biomassa, tornou-se viável a produção de hidrogênio de maneira sustentável, resultando no hidrogênio verde.
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Devido à abundante oferta de recursos de geração de energia renovável, disponibilidade de área e água, o Brasil se posiciona como um potencial líder global na produção e exportação de hidrogênio verde.
Esse mercado tem o potencial de movimentar R$ 1 trilhão no Brasil nos próximos quinze anos, abrangendo usinas de geração, linhas de transmissão e outras infraestruturas de transporte e armazenamento.
Ranking dos mercados mais atrativos para hidrogênio verde na América Latina e Caribe:
- Chile
- Brasil
- Colômbia
- Uruguai
- Costa Rica
- Argentina
- Panamá
- Peru
- Paraguai
- República Dominicana
- México
- Trinidad & Tobago
- Guatemala
- Equador
- El Salvador
- Barbados
- Honduras