As importações de placas solares chinesas pelo Brasil somaram 12,1 GW no primeiro semestre de 2024, consolidando o país como o principal mercado das Américas, responsável por mais de 70% das compras externas no continente, segundo levantamento da InfoLink Consulting.
Em junho, o Brasil importou 2 GW de painéis solares, mesmo com a aplicação de tarifas de 9,6% após a cota isenta de US$ 1,13 bilhão ser ultrapassada em maio. Uma nova cota de US$ 1,01 bilhão sem taxação foi estabelecida para vigorar entre julho de 2024 e junho de 2025.
A análise destacou que a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central em maio, de 10,75% para 10,5%, favoreceu o financiamento de usinas de geração centralizada, aumentando a demanda por módulos fotovoltaicos.
Além disso, o Ministério de Minas e Energia (MME) incluiu projetos de minigeração distribuída no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) em junho, oferecendo incentivos fiscais para esse setor.
No cenário global, a China exportou 131,9 GW de painéis solares no primeiro semestre de 2024, um aumento de 24% em comparação ao mesmo período de 2023. Os principais mercados compradores foram Europa, Brasil, Paquistão, Arábia Saudita e Índia, representando 73% da demanda mundial.
Apesar do avanço das importações em vários mercados, a Europa registrou uma queda de 7% em junho. A redução dos subsídios, o aumento dos custos de financiamento, incertezas políticas e a diminuição dos custos de energia contribuíram para a menor demanda por energia solar no continente.
Fonte: PortalSolar