O mercado de energia solar distribuída no Brasil está em franca expansão. De acordo com novas projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a capacidade instalada no país deve saltar de 34 GW para 56 GW até 2029, mais que dobrando em cinco anos.
A energia solar fotovoltaica, que responde por quase toda a geração distribuída no país, tem sido impulsionada pela queda nos preços dos equipamentos, pela demanda reprimida e pela expansão da frota de carros elétricos. No entanto, a desvalorização do real e o aumento da taxa de juros são fatores que podem frear o crescimento do setor.
Expansão da geração própria e previsão de aumento da demanda
A geração distribuída, que permite que consumidores gerem sua própria energia, tem se mostrado uma alternativa cada vez mais atrativa para residências e empresas. Além de reduzir custos com energia elétrica, a modalidade contribui para a diversificação da matriz energética brasileira e para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
As projeções indicam ainda um crescimento médio anual de 3,3% na demanda por energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2029. Esse aumento é explicado, em parte, pela expansão da economia e pela crescente eletrificação da matriz energética.
Desafios e oportunidades
Apesar do cenário positivo, o setor de energia solar distribuída ainda enfrenta desafios, como a necessidade de ajustar a legislação para garantir a segurança jurídica dos investimentos e a expansão da rede de distribuição para atender à crescente demanda.
Por outro lado, as oportunidades são grandes. O Brasil possui um dos maiores potenciais solares do mundo e o mercado de energia distribuída ainda está em fase inicial de desenvolvimento. Com as políticas públicas adequadas, o país pode se tornar um líder global nesse segmento.