O Brasil celebra um marco importante na sua busca por fontes de energia limpa e sustentável: a energia solar fotovoltaica atingiu a marca de 53 GW de capacidade instalada, o que representa 21,6% de toda a matriz elétrica brasileira. Essa conquista coloca o país em posição de destaque no cenário mundial, demonstrando o potencial da energia solar para impulsionar a transição energética e combater as mudanças climáticas.
Desde 2012, o setor fotovoltaico tem apresentado um crescimento exponencial, impulsionado pela geração distribuída (painéis solares em telhados) e pelas grandes usinas solares. Esse avanço se traduz em números expressivos: mais de R$ 241 bilhões em investimentos, mais de 1,5 milhão de empregos gerados e mais de R$ 74,7 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. Além disso, a energia solar já evitou a emissão de 64,2 milhões de toneladas de CO2, contribuindo para um futuro mais limpo e sustentável.
No entanto, a trajetória da energia solar no Brasil não está isenta de desafios. O setor enfrenta obstáculos que podem comprometer seu desenvolvimento, como o aumento do imposto de importação sobre painéis solares, que encarece a tecnologia e impacta a competitividade do setor. Outro desafio são os cortes na geração de energia solar (curtailment), que prejudicam a receita dos investidores e dificultam o cumprimento de contratos.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) tem se manifestado ativamente sobre esses desafios, buscando soluções para garantir a expansão sustentável do setor. A Absolar defende o ressarcimento aos geradores de energia solar pelos prejuízos causados pelos cortes de geração, argumentando que essa medida é essencial para a segurança jurídica e a atratividade do setor para novos investimentos.
A energia solar tem um papel fundamental na construção de um futuro energético mais limpo, acessível e sustentável para o Brasil. Superar os desafios atuais é essencial para que o país possa aproveitar plenamente o potencial dessa fonte de energia e consolidar sua posição como protagonista na transição energética global.