Tecnologia reduzirá ainda a frequência de acionamento da bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica
O crescimento da geração própria de energia solar vai trazer mais de R$ 86,2 bilhões em benefícios sistêmicos no setor elétrico para o Brasil na próxima década.
Com isso, tais recursos irão baratear a conta de luz de todos os consumidores, inclusive os que não tiverem sistema solar próprio, em 5,6% (segundo estudo encomendado pela ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
A partir do cenário oficial de crescimento projetado para a geração distribuída solar do PDE 2031 (Plano Decenal de Expansão de Energia 2031), a mesma saltará dos atuais 11 GW para 37,2 GW em 2031.
Com isso, reduzirá a frequência de acionamento da bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica em cerca de 60% para os consumidores brasileiros em dez anos.
Já no caso de cenários com a possibilidade de nova crise hídrica, como as sofridas em 2001, 2014 e 2021, a diminuição da ocorrência das bandeiras tarifárias mais caras aos consumidores chega a 17%.
Custo da energia elétrica
Em relação ao custo da energia elétrica no país, rateado e pago por todos os consumidores, o levantamento apontou que o crescimento da GD fotovoltaica representará o barateamento de R$ 34 bilhões nos custos repassados aos consumidores. Isso proporcionará uma redução de 2,2% nas tarifas de eletricidade até 2031.
Referente aos encargos setoriais, custos que também são arcados pelos consumidores brasileiros, a redução será de R$ 11,5 bilhões, trazendo uma queda de 0,8% nas tarifas de energia elétrica.
Segundo a Volt Robotics, outro benefício será a redução do risco financeiro sobre a variação dos preços dos combustíveis, custo coberto pelos consumidores, com queda de R$ 24,2 bilhões e 1,5% a menos nas tarifas da população.
As reduções das perdas elétricas nas linhas de transmissão e redes de distribuição trarão economia adicional de R$ 8,2 bilhões em dez anos, garantindo aos brasileiros uma queda de 0,5% nas tarifas de eletricidade.
O estudo também projetou um alívio trazido pela geração distribuída sobre a demanda no horário de pico, registrado atualmente entre 10h e 16h, período no qual a GD solar tem maior capacidade de geração e entrega de energia ao sistema. Nesse caso, a redução calculada é de R$ 1,6 bilhão no período.
Outro ponto destacado é o efeito na redução de preços entre os submercados do Nordeste e Sudeste, trazendo uma queda de 1,5% nas tarifas dos consumidores.