A energia solar fotovoltaica disparou e se tornou a única fonte renovável a acompanhar o ritmo necessário para triplicar a geração mundial de energias limpas até 2030, segundo um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Enquanto outras fontes como eólica e hídrica ficaram aquém das metas, a solar avançou a passos largos, impulsionada pela queda dos custos e pela crescente demanda global por energia limpa.
Para alcançar a meta de triplicar a geração renovável, o mundo precisaria adicionar cerca de 1,04 terawatt (TW) de capacidade a cada ano. No entanto, em 2023, apenas 473 gigawatts (GW) foram adicionados, com a energia solar respondendo por mais de 70% desse total.
Solar no topo, mas outras fontes ainda engatinham
Apesar do avanço da energia solar, outras fontes renováveis ainda enfrentam desafios para acompanhar o ritmo necessário. Para atingir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C, o mundo precisaria aumentar significativamente a capacidade de geração eólica, hídrica e geotérmica.
A Irena alerta que os atuais planos e metas dos governos são insuficientes para alcançar o objetivo de descarbonização. A capacidade global de geração renovável em 2030, com base nos planos atuais, ficaria 34% abaixo do necessário.
Investimento em alta, mas ainda aquém do necessário
Os investimentos em energias renováveis atingiram um novo recorde em 2023, mas ainda estão abaixo do necessário para acelerar a transição energética. A energia solar atraiu a maior parte dos investimentos, mas outras fontes como eólica e hídrica ainda precisam de mais recursos.
A China, a União Europeia e os Estados Unidos concentraram a maior parte dos investimentos em energias renováveis em 2023, enquanto países como Brasil e Índia ainda têm um longo caminho a percorrer.
Conclusão
A energia solar emerge como a grande protagonista da transição energética global, mas desafios persistem. Para acelerar a descarbonização da economia e limitar o aquecimento global, é fundamental aumentar os investimentos em todas as fontes renováveis, especialmente em países em desenvolvimento. A queda dos custos da tecnologia solar e a crescente conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas são fatores que impulsionam essa transformação, mas políticas públicas mais ambiciosas e um maior engajamento de todos os setores da sociedade são essenciais para garantir um futuro mais sustentável.