Plano do governo propõe substituir o óleo diesel por energia solar na Amazônia

Plano do governo propõe substituir o óleo diesel por energia solar na Amazônia

Em uma conferência em Lisboa, Portugal, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, divulgou detalhes do aguardado programa de descarbonização da Amazônia, com lançamento previsto para julho. O objetivo central é reduzir significativamente a dependência de óleo diesel na geração de energia na região até 2026, visando substituí-la por fontes mais sustentáveis, como a energia solar e o biodiesel.

A meta para o prazo de 2030 é ainda mais ambiciosa: estabelecer que apenas 20% da demanda dos 212 sistemas isolados da Amazônia sejam atendidos por termelétricas movidas a óleo. De acordo com o ministro, esse programa representa o maior esforço de descarbonização em escala global.

Alexandre Silveira enfatizou que a transição será completa, passando dos sistemas isolados que atualmente dependem exclusivamente de óleo diesel para fontes mais limpas e sustentáveis. Na semana anterior ao anúncio, o governo já havia garantido um investimento de R$ 5 bilhões para o projeto.

A iniciativa beneficiará cerca de 3 milhões de pessoas na Amazônia Legal, principalmente consumidores residenciais, que atualmente recebem suprimento principalmente de termelétricas movidas a óleo diesel. Devido à logística complexa e dispendiosa de transporte dos combustíveis até essas regiões remotas, a geração de energia torna-se mais cara.

Para evitar que os custos de energia impactem negativamente essa parcela da população, os gastos de geração serão distribuídos entre todos os consumidores do país, através da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que está estimada em R$ 12 bilhões neste ano.

Embora o valor seja elevado, é importante destacar que o consumo dos sistemas isolados representa apenas 0,6% do consumo nacional e a população dessas áreas corresponde a apenas 1,4% do total da população brasileira.

Conforme divulgado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o estado do Amazonas é responsável por 75% do orçamento anual da CCC, seguido por Roraima com 11% e Pará com 6%. Os demais estados beneficiados são Rondônia, Acre e Amapá. Com o programa de descarbonização, espera-se reduzir significativamente a dependência dessas regiões isoladas de óleo diesel e promover um futuro mais sustentável para a Amazônia.

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