Mercado global de energia solar flutuante projeta adicionar mais de 6 GW por ano até 2031, aponta estudo da Wood Mackenzie.
Um estudo realizado pela consultoria Wood Mackenzie indica que o mercado global de energia solar flutuante está previsto para ultrapassar a marca de 6 GW adicionados anualmente até 2031. Esse avanço na adoção desse tipo de instalação, que consiste em sistemas fotovoltaicos operando sobre a superfície da água, está diretamente relacionado aos esforços dos desenvolvedores de projetos em busca de soluções alternativas para enfrentar as dificuldades em atender à crescente demanda por geração solar.
“A indústria solar global continua enfrentando desafios em termos de disponibilidade limitada de terras e aumento dos custos para desenvolver usinas terrestres, o que impulsiona a demanda por instalações flutuantes”, explicou Ting Yu, consultora da Wood Mackenzie. “Embora essas instalações sejam de 20% a 50% mais caras do que os projetos terrestres, o aumento da concorrência está contribuindo para a redução dos custos”, ressaltou a especialista.
Estima-se que a energia solar flutuante mantenha uma participação estável no mercado global, com uma taxa anual de crescimento composto prevista para aumentar em 15% nos próximos dez anos. O estudo também prevê que 15 países irão superar a marca de 500 MW de capacidade instalada até 2031.
Ásia lidera o mercado de energia solar flutuante com 90% da demanda global
A região da Ásia-Pacífico desponta como líder no segmento de energia solar flutuante, com aproximadamente 3 GW de projetos em 2022, capturando cerca de 90% da demanda global. Países como China, Coreia do Sul, Indonésia, Índia e Tailândia estão na vanguarda do desenvolvimento de diversos empreendimentos desse tipo, de acordo com uma análise da Wood Mackenzie.
A Europa ocupa a segunda posição nesse mercado, com quase 150 MW de capacidade instalada. A Holanda lidera a região como o país com a maior capacidade instalada fora da Ásia. “Embora o mercado europeu ainda seja relativamente pequeno, a tendência é positiva, com planos de projetos maiores para um futuro próximo. No entanto, após 2025, espera-se um crescimento mais lento, uma vez que as principais áreas viáveis já terão sido desenvolvidas”, ressaltou Ting Yu, consultora da Wood Mackenzie.