O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo está analisando a possibilidade de retomar o horário de verão ainda este ano. A iniciativa visa garantir a segurança energética e manter tarifas mais acessíveis, em meio ao aumento do uso de termelétricas para atender à demanda de eletricidade no horário de pico, especialmente após o pôr do sol, quando a geração solar é interrompida.
Silveira destacou que qualquer medida que ajude a melhorar a segurança do setor energético e a modicidade tarifária deve ser considerada. A avaliação do retorno do horário de verão faz parte desse esforço, segundo o ministro, que falou sobre o tema durante um evento em Brasília.
O ministro reconheceu que há opiniões divergentes sobre o horário de verão, mas ressaltou que a maioria da população apoia a medida. Ele também apontou que o governo precisa levar em conta o impacto econômico positivo, já que o adiantamento do horário pode beneficiar setores como turismo, bares e restaurantes, ao estender o período de atividades.
O horário de verão, que vigorou no Brasil por décadas, tinha como objetivo aproveitar melhor a luz natural durante os dias mais longos, reduzindo o consumo de energia elétrica no período da noite. A prática era aplicada principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, entre outubro e fevereiro.
A medida foi suspensa em 2019, após estudos indicarem que o impacto econômico da economia de energia havia diminuído. Além disso, a decisão levou em consideração questões relacionadas ao bem-estar da população, como a adaptação ao novo horário.
O debate sobre a volta do horário de verão reflete a preocupação com o crescente uso de termelétricas, que possuem um custo elevado de operação. Com a geração solar interrompida no início da noite, o sistema elétrico enfrenta desafios para atender à alta demanda.
Historicamente, o horário de verão no Brasil foi implementado pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. Desde então, passou por várias revisões até sua suspensão no governo de Jair Bolsonaro.
A possível retomada da medida envolve não apenas o setor energético, mas também impactos econômicos e sociais, exigindo uma análise detalhada por parte do governo.
Fonte: CanalSolar