
Demanda elétrica de data centers deve dobrar até 2030 com avanço da inteligência artificial
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Maria Gestão
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O crescimento acelerado da inteligência artificial está prestes a gerar impactos significativos no consumo global de energia. De acordo com estimativas recentes, a demanda elétrica dos data centers deve dobrar até 2030, puxada principalmente pelo aumento das aplicações em IA, como sistemas de linguagem, assistentes virtuais e plataformas de automação.
Essa transformação já está em curso. O setor de tecnologia tem assistido a uma explosão no uso de modelos de IA generativa, que requerem processamento intensivo e, por consequência, maior consumo energético. Empresas como Microsoft e Google, por exemplo, estão investindo pesadamente na ampliação de suas infraestruturas computacionais — o que inclui data centers mais potentes e, ao mesmo tempo, mais vorazes em eletricidade.
Brasil também sentirá os efeitos
Embora o fenômeno seja global, o Brasil está diretamente inserido nessa nova dinâmica. O país tem atraído investimentos no setor de tecnologia e abriga centros de dados estratégicos para grandes corporações. Com isso, cresce também a responsabilidade de garantir uma matriz energética capaz de suportar essa demanda crescente sem comprometer a sustentabilidade.
Especialistas ressaltam que a eletricidade consumida pelos data centers poderá ultrapassar os 800 TWh anuais até o fim da década, caso a tendência atual se mantenha. Isso representa um volume comparável à produção de energia de países inteiros — exigindo atenção especial a estratégias de eficiência energética e uso de fontes renováveis.
O desafio da eficiência e da sustentabilidade
Diante desse cenário, empresas do setor energético e tecnológico precisarão atuar de forma coordenada para mitigar os efeitos ambientais do crescimento digital. Investimentos em energia limpa, armazenamento, inteligência energética e inovação serão cruciais para garantir que o avanço da inteligência artificial não venha acompanhado de um aumento descontrolado nas emissões de carbono.