O Brasil lidera o G20 com a matriz elétrica mais renovável, conforme revela um relatório da think tank de energia Ember. O país conseguiu atender à crescente demanda por eletricidade na última década utilizando principalmente fontes renováveis, como energia solar e eólica, o que resultou em uma significativa redução nas emissões do setor elétrico.
Em 2023, as fontes renováveis representaram 89% da matriz elétrica brasileira, bem acima da média global de 30%. Esse desempenho coloca o Brasil à frente de quase metade dos países do G20, reforçando a transição energética do país como um modelo a ser seguido por outras nações.
A conquista se deve à base sólida de hidrelétricas e à rápida expansão das energias solar e eólica nos últimos anos. Em 2023, o Brasil teve o segundo maior crescimento mundial na geração dessas energias, adicionando 36 TWh, atrás apenas da China.
A energia solar destacou-se com um crescimento impressionante de 72%, passando de 30 TWh em 2022 para 52 TWh em 2023, e representando 7,3% da eletricidade gerada no país. Entre janeiro e maio de 2024, a geração solar aumentou 68% em relação ao mesmo período do ano anterior, consolidando a liderança do Brasil no G20.
As emissões de CO2 do setor elétrico brasileiro atingiram o pico em 2014, com 114 milhões de toneladas. Em 2023, esse número caiu para 70 milhões de toneladas, uma redução de 38% em comparação a 2014, o que reflete uma queda média anual de 6,7%.
Além do Brasil, outros 11 países do G20, como Canadá e Alemanha, atingiram o pico de emissões elétricas há pelo menos cinco anos. Coletivamente, esses países foram responsáveis por 41% da geração elétrica do grupo em 2023.
No ranking do G20, após o Brasil com 89% de renováveis na matriz elétrica, vêm Canadá (66%), Alemanha (52%) e Grã-Bretanha (47%), entre outros. Na contramão, países como a Coreia do Sul e a Arábia Saudita ainda têm uma baixa participação de fontes renováveis, com 9% e 0%, respectivamente.
Fonte: PortalSolar