
Demanda de data centers e ISPs impulsiona mercado de baterias no Brasil
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Maria Gestão
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A busca por soluções mais robustas e confiáveis de fornecimento de energia tem impulsionado o mercado de armazenamento energético no Brasil. Atenta a essa demanda crescente, especialmente nos setores de telecomunicações e infraestrutura digital, a fabricante brasileira Powersafe se prepara para apresentar inovações tecnológicas durante a Abrint 2025, em São Paulo, entre os dias 7 e 9 de maio.
Entre os destaques da empresa estão os sistemas com baterias de lítio, que oferecem maior densidade energética, maior durabilidade e menor necessidade de manutenção. Essas soluções foram desenvolvidas especialmente para atender a infraestrutura crítica de conectividade, como torres de telecomunicações e redes de fibra óptica — muitas vezes localizadas em regiões com instabilidade no fornecimento elétrico.
Além disso, a Powersafe levará ao evento tecnologias voltadas para garantir autonomia energética a data centers e redes de internet, setores que dependem de redundância e continuidade operacional. Os sistemas de backup apresentados prometem minimizar o tempo de inatividade e oferecer mais segurança energética aos provedores de internet (ISPs).
“Estamos focados em atender a crescente demanda por soluções energéticas confiáveis em data centers, redes e torres de telecomunicações. Nosso compromisso é com a eficiência, a segurança e a continuidade dos serviços essenciais à conectividade”, afirma Leandro Alvares, diretor executivo da empresa.
Perspectiva de mercado: R$ 22,5 bilhões até 2030
De acordo com um estudo recente da consultoria Greener, o segmento de armazenamento energético junto ao consumidor final deve movimentar mais de R$ 22,5 bilhões em investimentos até 2030. O levantamento aponta que, até 2024, o Brasil já havia instalado 685 MWh em capacidade de baterias, sendo 70% em aplicações fora da rede convencional.
Em 2024, o crescimento foi expressivo: 269 MWh adicionados — um avanço de 29% em relação a 2023. A principal motivação para a adoção dessas tecnologias, segundo o estudo, é a confiabilidade energética, especialmente em um país onde quedas de energia são recorrentes e podem gerar grandes prejuízos operacionais.
O cenário reforça o papel estratégico do armazenamento na transição energética, sobretudo em setores que demandam fornecimento contínuo de energia e elevada resiliência, como telecomunicações, data centers e serviços digitais.